quarta-feira, janeiro 19, 2011

trinco

a tonta da porta não abre nem fecha
cantei-a o desfeche da próxima volta
da chave emperrada no trinco oxidado
há 1800 graus girou junto meu nexo
soldado da pátria armada de hipocrisia
marchando borracho na cossenóide via
via de longe a porta hiperbárica
cheia de códigos secretos e votos
derretendo na imagem rodopiante
com o dilema da opção de chegar ou não
a atravessar a senhora com foice na mão
depois morar na casa da própria entropia
sem jamais poder voltar pelo mesmo lugar
pois ela transforma o que já foi
em o que nunca mais será
o arco do triunfo pode até não triunfar
se quem faz a travessia preparado não está
pode perder-se quem passa por lá
pois a punição para pensar em regressar
é permanecer perdido no caminho
avistando distante e sozinho
a porta a sempre se aproximar
sem nunca sua maçaneta tocar

domingo, janeiro 16, 2011

Quem eu sou não consigo dizer sem me perguntar.

A cada passo que dou
Vejo uma imagem diferente
Mesmo que da mesma paisagem
Disponho-me de forma convergente
Sou apenas peça apoio
Do alívio de sair do bar
Sem dever a alma ao diabo
Sem viver enfermo enfisêmico
Ou um abutre esquêmico
Pois,
Nutrissomos
Aglutinamos polos
Desorganissomos
Invernosos verônicos
Alvéolos normândicos
Áfrico raiz
Meu prezado
Fraterno
Protegiz