sexta-feira, dezembro 06, 2013

Um dia assim...





Tem dias que me olho muito no espelho
Parece que a todo momento a imagem de mim
Se difere de mim mesmo
Por isso olho muitas vezes pelo espelho dos outros
Para tentar saber melhor quem sou eu

Em alguns momentos não lembramos quem somos
Esquecemos que a imagem que se reflete
De nós é mero detalhe, um flash de luz
Que pisca interruptamente
Tão rápido que parecemos ser sólidos

Na verdade, somos um monte de nada
Que reluz e reflete tudo o que deveríamos ser
No fundo somos cada um uma coisa
Se há motivos ou não, só saberemos no fim
Na nossa última piscada

Quando passarmos de um monte de nada que reluz
A um pouquinho de tudo que se desaparece
O que ficará serão as ações, as palavras, as trocas

Sei lá, se de repente as palavras voltarem a querer ter vida
Para enfim anunciar o que ainda não foi denunciado
Se eu voltar a ser palavra um dia, quero ser a palavra amor,
e só...

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{"Tudo é aprendizado!"}-{"palavras são como o ar que passa sutil, mas transformam todo o mundo"}

Bom fim de semana!

Namaste!

segunda-feira, novembro 11, 2013

saudade passarinha



minha cabeça dói,
meu coração tá apertado...
é o primeiro fim de semana
depois que te conheci
que não estou grudadinho do seu lado...
ah, são esses pensamentos que latejam
na certeza de que te quero
mais que meus lábios que te beijam
há um simples olhar que espero
quero-te de novo para compartilhar
vitórias, derrotas ou medos
passados, futuros, presentes sinceros
a lua cheia e o mar...
e embora ausentes estejamos agora
da presença um do outro
sei que nos aguarda um segredo
escondido na vicissitude do mundo roto
onde abraços são comemorações
onde todas as horas
ainda que distantes
palpita em nossos corações
a vontade de conhecer
um ao outro, um no outro
canções que viveremos a fazer
juntos enquanto for possível
mas sempre perto de dizer
amor é o que preciso
para me curar de tudo que não fui
enquanto ainda não éramos
sem pesar a dor que ainda vai me revelar
o tempo que passei sem parar pra te ver
sentada na beirada do tapete
observando o tempo que luzia
esperando também a hora de voar
nos momentos parados passando pelas pessoas a passar
que sem perceber já fizeram de tudo isso poesia...

(em agosto de 2013 - faço a saudade virar poesia!)

sábado, maio 25, 2013

Se só lembra de mim quando precisa falar, quando precisa pedir, quando precisa de uma xícara de açúcar, quando precisa e só, então me esqueça!

terça-feira, abril 02, 2013

O olho das contradições



Somos todos os dias
Seres cobertos de vergonhas
Metade catarse, metade poesia
Outrora selvagens, outrora melancolia
Que se despem de noite
No calor e na febre
Onde há permissões, inventinostomias:
Socorrólatras, imprudêmitos
Quimeras palavras descritivas
Sobre a junção das partes opostas
Infinitas observoltas anididridas
Parasândalos abstractuintes
Levam-te quando as anedotas
Eram piadas aos indulgiserventes
Sobre o tempo e a moralistômica
Dupla hélice de boa e de mau semente
EsquizoFreud debaixo das gotas
De uma chuva de abruptomias...
Quantas invencthoras passarão antes
De sermos um torso forte
O superficciente diante da quasemorte
De cotidianipensiforme nada
Diante do tudo multiexistêncial.
No supradesejo de automoldada
Morais actuais vos empegtundiam
Por final não meras palavras
Que constrõem a ideoegrégorante
Cúpula fractoenérgica de inversonogomias
E todas divinpalavróides escondidas
Na humanóide -sfincterisma
Como podem contradissimbólicas tantas
Nos transferencanais opitmunistas?

terça-feira, janeiro 15, 2013

Meu perfeito


Alguém ainda acha essa cara um bom prefeito?
Acorda, meu povo.
Olha essas obras superfaturadas!
Olha o que tão fazendo com seu dinheiro,
olha mentira na cara lavada!
É a merenda virando carro de luxo,
a vacina virando viagens ao exterior.
O ostentador cheio de caviar no bucho,
enquanto o povo luta sofredor!
Alguém ainda acha que ele tem algum direito?
Mesmo depois de roubar o povo,
vai querer roubar de novo
e sempre fingir que vai fazer algo inovador...
é a mesma receita sempre,
não perceberam ainda?
Por que são as mesmas e tantas enganações
usadas por um diferente enganador,
continuam a jogar o voto na latrina.
O voto, nossa voz muda, abafada,
condicionada, ambicionada numa caixa informatizada,
não mais é que o barulhinho depois do "CONFIRMA"!?
Se já temos tão pouco para garantir
que as riquezas do quintal de casa
não sejam abusivamente explorados junto com o trabalho
para depois transformar em rei o ditador
Me diga meu povo, por quê?
Se já vivemos todo dia a vida de faquir
fazendo contas para viver sonhos,
fazendo de conta que a felicidade da tela brilhante
vai me livrar dos fatos medonhos
Acordem, por favor.
Vamos viver a realidade verdejante!