sábado, dezembro 24, 2011

sincrônico

Talvez eu nada sabia sobre mim e sobre o mundo, afinal. O pouco que pensei entender muitas vezes me fez questionar sobre sua real importância e algumas outras vezes perdia o sentido numa contradição descarada. Mas, enquanto houvessem questões, ainda haveria de se obter alguma resposta.
Não imagino qualquer coisa desligada e independente do todo. Logo, meus dedos em sincronia com a vida trataram de registrar de alguma forma esses entendimentos que por vezes se perdem entre tantas efemeridades. Mas o propósito permanece sempre oculto e transitório. Ganha quem dá ao sentido alguma aplicabilidade, que em seguida é um sentido também reformado e sujeito ao novo por vir. Se esses pensamentos acontecem, é por que de fato podem vir a ser parte de algo maior e mais concreto.
Por enquanto, aquele caderno de anotações serve como registro de interpretações que podem vir a ser algum dia canalizadas e entendidas como necessárias ao desenvolvimento da humanidade. A prepotencia não existe aqui, pois já não é de mim que depende a existência de tal elocubração. Sou apenas o veículo de manifestação das ideias que merecem ser disseminadas com a finalidade de derrubar outras ideias e conceitos baseados na pura ignomínia e soberba.
Para mim, o combustível que alimenta o motor dessa vontade de compreensão é o amor pela harmonia das diferenças e a liberdade dos sentimentos. Que seja assim, o mundo uma nova fonte de amizade entre todos seres. Onde respeito e paciência são requizitos de grande reconhecimento. Onde a vida não seja jamais excluída de sua própria existência e que seja tão forte quanto for intenso o desafio de superar-se.

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