domingo, janeiro 08, 2012

tão somente

Há tantas feridas ainda abertas
Tantos egos cravados em segredo
Dentro de um ser que não sabe mais ao certo
O que é seu e o que apreendeu
Do mundo um envólucro de medo
Que habita nas mais profundas
Nas vontades mais absurdas
No pensamento de dor e angústia
Sem se explicar te designa fraco
Pois há ainda tantas curas escondidas
Na própria insegurança da ignorância
Nem ao menos ao olhar para dentro
Percebe-se a fraqueza de tantos atos
falhos e torpes, discretos e imperceptíveis
Criam raizes nos nossos parcos semblantes
Trazem a franqueza da solidão inglória
Dividem as certezas em engodos calmos
E de novo a depressão consome nosso domingo
Reconhecendo nas suas espécies de amizade
O que até hoje se construiu no caminho
Quantos são para apenas brindes amigos
Outros para apenas desabafos chorosos
Ou bem distantes se dizem presentes
Falta-me virtude
Falta-me carinho
Já não posso continuar sozinho
É tudo que sei...

3 comentários:

Oriona disse...

Ah...doce amigo que não esqueço, mesmo que distante. O vento traz por vezes tua lembrança...

Ton Lupes disse...

Oooh, digo o mesmo, minha querida! Hão sempre de nossos ventos se cruzarem! =)

Ton Lupes disse...

Oooh, digo o mesmo, minha querida! Hão sempre de nossos ventos se cruzarem! =)