sábado, maio 01, 2010

quiz dizer a mim que não queria a ti
mas estava triste e cansado de mentir
esse discreto olhar não quiz permitir
assim fazer a ti ter saudade de mim

saudade que tenho do amor sem nó
a não ser o dos corpos entoando um só
sem injúrias, falsetes, desafinados em dó

é sem tempo da paixão ser o chão
dessa lida insalubre sem par nem mar
desses passos arados sem saber semear
dessa fé desatenta que acalenta a solidão

mas, não sei, não... sei!
quase perco a ti a todo instante
por não saber se ao te querer
estou a um passo de te não ter
amor é mesmo ardente
se não arde por ser paixão
arde por ser doente

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