segunda-feira, fevereiro 14, 2011

contrapeso


Carrego complacente o distintivo inglório de achar estar sem modificar,
de não me ater de prazerosos hábitos em pról do que julgo ideal.
Falo com a voz de todos os inclassificáveis irreconhecidos por si.
Sou a busca a contragosto da contracultura que reformula a moral,
mas sei que o pouco que mudo do modo que uso não pode ser roubado.
Não tenho sequer um rosto dotado da atroz e imagética convinção.
Me assemelho à vontade de bondade impressa em cada ato.
Não confio na lei que se diz justa perante a própria contradição.
Sou, no entando, uma verdade calada que se julga privada da própria criação.

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