quarta-feira, novembro 17, 2010

Gratidão

O meu medo é o que me torna forte
força que vem do mar
das ondas, das correntes que me libertam
me levam a todos os cantos
me levam ao norte
sinto as ruas vazias
mesmo dentro de casa
visto minhas asas e asias
e de volta estou ao sul
respirando o sol
vou na beira do azul
e me mergulho em mim
na imensidão desértica das minhas veias
busco a ligação primordial
compreendê-la melhor
mas sem esforço não há regozijo
não há terra fértil que me alimente
nem morada celestial
que me acolha com risos
e abraços de amor
com humildade e respeito...
Agradeço-te, vida!

Um comentário:

Tanara Da Silveira disse...

Cachoeiras de palavras, sempre!
Você jorra poesia!