quinta-feira, setembro 23, 2010

noite lente

Acordei com gosto de rock
derrubando uma pilha de necessidades quaisquer
desviei do negro óbvio
e me encharquei de nuvens aleatórias do véu
desvelado vedamento vulgarizado
furta tempo, troco pardo, rato alado
bebe a lasca esgotada água
és gota d'água
no chão da pedra pó de preto solado
do fio quase meio
vejo a porta bater no vento
corro a tempo pra perguntar pro ar
se a dor faz nota crua ou inventa
na morta tábua fria sortuda
o açoite é vida
a noite é lenta

Um comentário:

Stefanie Figueiredo disse...

Muito massa issaê, cara! Adorei