domingo, setembro 05, 2010

o tempo, amigo

Vocês são cheios de censo
Cheios de lenços sujos
E outros olhos secos
Sem lacrimejos alguns
Só inoculares jejuns
Que te tornam novo
Disponível ao volver
Dois
Sovam as portas pobres
Os zíperes enferrujados
Jeans rasgado empoeirado
Feito adolescer, doutor
Ai vão eles
E eu fico a pensar
Um dia fui jovem
Agora quem será?
Sou ainda nobre velho
Jovem envelhecer
Nada diferente de você
Ah, la vamos
Um dia nos conhecer
Mesmo que demore
Só para não enlouquecer
Venha me visitar
E que venham velhos novos
Amigos a ver
Que se ainda forem
Quem disseram um dia ser
Talvez verdade venha ler

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