...samba triste a mendiga
que no colo a cola gruda
dorme fria na perna de pedra
da calçada na sombria rua
mas ela samba subversiva
sem saber se amanhã
irá comer ou bolar um
fritar de dia o couro
a pedir ao nobre rico
o pouco que pro lixo
vira sobra
veio a sobrar
do que pra merda falta
ser digerido pelo abdômen
adiposo da mórbida família
inovelada pela sádica falta
de compaixão pelo mundo real
o que de hipocrisia parece
se espalhar feito vendaval
no sorriso canceroso
do carbono preguiçoso
que a fumaça viva corrói
enquanto a mendiga samba
3 comentários:
enquando ela samba, outras mil (milhares talvez) dançam também
E tudo acaba em samba...
Peço licença a Drummond para tentar entender e/ou explicar por quê: eta mundo doido, meu Deus!
(Passando para agradecer o comentário no meu blog! Obrigada pela visita, nobre colega!)
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